Falar sobre os desafios diários que nós, mulheres, enfrentamos ao protagonizar nossa própria história, especialmente ao decidir empreender na área da tecnologia, parece um tema ultrapassado. No entanto, por mais estranho que pareça, muitas (se não a maioria) de nós ainda atuamos como coadjuvantes em nossas próprias vidas.
Vivemos em um mundo onde a busca pelo primeiro lugar é constante. Ser a primeira pessoa a realizar ou conquistar algo é quase uma validação de competência. No entanto, nós, mulheres, ainda temos receios em sermos as primeiras.
Quem deseja ser a primeira a fazer uma pergunta numa sala repleta de homens? Quem quer ser a primeira a dar sua opinião numa reunião? Quem quer ser a primeira a dizer: “Discordo de ti, deixa eu expor minha opinião”? A maioria de nós não quer, sente medo e se cala diante das oportunidades da vida.
Quando digo que precisamos ser protagonistas de nossas próprias vidas, refiro-me ao fato de encararmos esses medos e assumirmos a responsabilidade de agir diante do que nos incomoda, ao invés de esperar que “o Universo conspire a nosso favor” ou “deixar as coisas se resolverem sozinhas”, porque isso não acontecerá!
Ser protagonista é encarar qualquer situação da vida, seja ela profissional, afetiva ou pessoal, e dizer: “Vamos lá!” ou como diz uma pessoa que admiro muito: “É o que temos, vamos!” Vamos fazer o possível com o que temos hoje, vamos parar de esperar pelo melhor momento, dia, fase da lua, idade ou diploma. Vamos ousar questionar, levantar o braço, ter uma opinião, uma voz, um posicionamento.
Chega de acreditar que o mundo tem medo de mulheres que se posicionam. É hora de começar a acreditar que o mundo precisa de mulheres que se posicionam e protagonizam suas próprias histórias, empreendendo em tecnologia para realizar a mudança que tanto desejamos.
Artigo por Danielle Cosme
Sócia-fundadora da startup daGinga, uma plataforma digital que fortalece o comércio local, ativa no Brasil e na Alemanha, onde conectamos a comunidade brasileira. Cofundadora e diretora do Instituto Ladies In Tech, um grupo de apoio e fomento ao empreendedorismo feminino na tecnologia e startups fundadas e/ou comandadas por mulheres. Consultora de inovação, com trabalhos realizados junto ao SebraeRS e LAB FecomércioRS, e Diretora de Comunidade na ImpactHub POA, mas o título que mais gosto de exibir é o de CEO, que para mim significa ser Comunicativa, Empreendedora e Otimista.
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