O conceito de “phygital” tem ganhado destaque ultimamente, especialmente por sua capacidade de unir o mundo físico e o digital em uma única experiência. Basicamente, trata-se da fusão entre o mundo físico e digital para criar um ambiente mais fluido e integrado para as pessoas. Agora, você deve estar se perguntando: onde exatamente essa ideia se aplica na área da saúde? Acompanhe-me enquanto exploramos algumas das maneiras surpreendentes como o phygital está revolucionando os cuidados de saúde!
Certamente, você já se deparou com situações em que interagiu com serviços de saúde que combinam o físico e o digital sem perceber. Por exemplo, ao realizar uma pesquisa de um produto no site de uma farmácia e depois ser questionado na loja física se deseja adquirir o item que adicionou ao carrinho virtual. Ou já ouviu falar de dispositivos como sensores de queda em relógios ou colares, que idosos tem utilizado, com alertam serviços de emergência em caso de acidente ou mal-estar.
Além disso, é cada vez mais comum recebermos prescrições médicas online, realizar exames em locais físicos e depois discutir os resultados em consultas virtuais ou presenciais. Essas são apenas algumas das muitas formas como os serviços de saúde estão adotando a abordagem phygital para aprimorar a experiência do paciente, aumentar a eficiência dos cuidados e reduzir custos.
Vejamos mais exemplos práticos da integração phygital
Aplicativos de Saúde e Bem-Estar
Aplicativos móveis oferecem uma gama de recursos que vão desde o rastreamento de atividades físicas até lembretes de medicamentos, proporcionando aos usuários acesso fácil a informações e orientações personalizadas de profissionais de saúde, além de permitir o monitoramento remoto por profissionais de saúde.
Tecnologia para consultas semi-presencial
Dispositivos à distância com segurança e precisão, para realizar exames físicos sem precisar de médicos ou enfermeiros, como swabs de garganta e ouvido, exames de sangue, medição de pressão arterial, ausculta e frequência cardíaca, pulmonar, até imagens da pele em alta resolução. Inclusive com inteligência artificial para sugestão de diagnósticos para sugerir prescrever medicações, quando necessário, de forma quase instantânea. Algo disruptivo, mas é algo que pode melhorar o acesso aos cuidados, principalmente para pacientes em áreas rurais ou populações carentes, usadas para melhorar a eficiência da assistência.
Talvez o que é bem real para quase todos nós, são os Pronto Atendimentos Digitais: consultas de emergência realizadas remotamente por meio de vídeo chamadas, reduzindo a necessidade de deslocamento físico e otimizando o tempo dos pacientes. Em que ao invés da pessoa ir em uma Emergência física, ela faz uma vídeo chamada com um médico plantonista, pelo celular ou computador. As vezes tem até a triagem que a enfermeira faz no atendimento presencial.
Em geral, 80% dos casos podem ser resolvidos com essa orientação. O problema é que a gente tem o costume de falar com o olho no olho, mesmo que leve 2h de deslocamento, para ter uma consulta de 15minutos! Então, tem vários lugares colocando quiosques ou salas para Teleconsulta em pontos de alta circulação, e até no lugar da emergência, para casos não graves, sem precisar construir toda a estrutura de um local de atendimento em saúde.
Esses exemplos evidenciam como a saúde já é phygital e está transformando a maneira como acessamos e recebemos cuidados de saúde, tornando a experiência mais acessível, conveniente e eficaz. Embora ainda haja espaço para aprimoramentos, é emocionante ver como a fusão do mundo físico e digital está proporcionando uma jornada mais completa e personalizada para os pacientes. E a melhor parte? Muitas vezes, nem percebemos essa integração, aproveitando os benefícios pela simples conveniência que ela nos oferece.
Artigo por Diana Jardim
Atual gerente de Inovação na Unimed Porto Alegre e uma das lideranças da vertical de saúde digital do Pacto Alegre. Executiva com mais de 20 anos de experiência no mercado de saúde brasileiro, com passagem na startup Hygia Saúde, na coordenação de inovação do Hospital São Lucas da PUCRS e do BIOHUB da Saúde no Parque Tecnológico TECNOPUC. Também atuou com a transformação digital de serviços de promoção da saúde e editais de inovação no Serviço Social da Indústria (SESI/RS). É articuladora do South Collab Health e do Health Alliance do Uni4Life|Unicred Porto Alegre. Atua ainda como mentora de startups em diversos grupos e programas.
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