Comunicação: o elo da rede

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Comunicação: o elo da rede

Os meios de comunicação de todo o país e até de fora dele noticiaram, comentaram e analisaram a crise climática que vivemos aqui no Rio Grande do Sul. Nossas histórias circulam internacionalmente, em todas as rodas de conversas, nas páginas dos mais prestigiados veículos, em apelos nas redes sociais. 

Nesses momentos, precisamos ver o que está além da tragédia, pensar em como vamos nos restabelecer e a comunicação é uma das primeiras respostas. Recentemente, escrevi sobre a importância de trocarmos a ideia de “guerra” pela de “resiliência” – no imaginário social e no sentimento de cada um de nós. Pois isso só será possível através da comunicação.

Sem dúvidas, é a comunicação que norteia o nosso caminho, fazendo com que abandonemos visões pessimistas, edificadas em abalo psicológico. Precisamos transformar a dor em foco para a segunda chance, para o levante do RS. 

Hoje, temos várias iniciativas que almejam a nossa reconstrução, para além do Pacto Alegre, felizmente. Poderes públicos, empresas privadas, universidades, ONGs já lançaram várias ações, que vão do cadastramento de desabrigados ao recebimento de benefícios que servem de impulso inicial para a reestruturação, mental e material.

Mas, como tomar nota e identificar estas ações, tanto as do poder público quanto as solidárias, se não estamos olhando para o local certo, em que informações e divulgações importantes estão sendo transmitidas? A intenção dos abalizados projetos e iniciativas precisa da comunicação, é imprescindível para eles e seus idealizadores. Mais ainda, como confiar na divulgação que circula livre na internet em tempos de desinformação?

Por isso, reforçamos, sempre que possível, o papel crucial da comunicação. Ela é o elo da rede, aquela que liga a informação a quem mais precisa, a quem pode ajudar, a quem pode doar. A comunicação quando bem desempenhada garante a credibilidade da informação, fazendo com que os nossos públicos tenham acesso à ajuda. Quando transparente e eficaz, tem o poder de restaurar a esperança e a crença de que há muito mais vida pela frente. 

Este papel de elo é desempenhado por múltiplos atores a quem tenho o prazer de chamar de colegas: jornalistas, publicitários, comunicadores em geral, influenciadores, mídia local, estadual e nacional. Sem a participação de cada um, em suas rotinas, com afinco, dedicação e coração, não teríamos caminhado até aqui em resposta à catástrofe climática. E precisamos trilhar muito mais, adiante.

Meu apelo é para trabalharmos a empatia também na comunicação bem feita, no serviço prestado por tantos e diversos veículos. Unidos como sociedade, reconstruiremos o nosso Rio Grande. Enquanto comunicadores, faremos do nosso estado ainda mais forte e podemos acelerar esse processo. Vamos juntos?

Por Ricardo Gomes, publicitário e Head de Comunicação do Pacto Alegre

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