Por que decidi me mudar para Porto Alegre?

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Giovanni Falcão Mendes – Coordenador da Parceria entre Escola de Engenharia e Instituto Caldeira e Graduando em Engenharia de Produção na UFRGS.

 

Com certeza mudar de cidade é algo desafiador para qualquer pessoa, deixar o seu lugar nativo e confortável para buscar novas possibilidades e um ambiente inexplorado não é uma decisão fácil. Porém identifiquei uma oportunidade de me reinventar na capital gaúcha, Porto Alegre, que diante de tantas iniciativas de inovação e empreendedorismo, a cidade se tornou o lugar propício para novos integrantes se instalarem no ecossistema de negócios.

 

Talvez uma escolha mais conservadora seria ir para São Paulo, mas nada se compara ao fato de estar inserido em uma cidade pioneira em novas iniciativas resultante das ações do Pacto Alegre. Estar no meio de tantas mudanças traz mais oportunidades para os indivíduos que apostam e identificam o potencial correto da cidade. Enquanto algumas indústrias e profissionais emigraram de Porto Alegre na década de 2010, outras empresas estão sendo fundadas, como novas startups do Rio Grande do Sul, impulsionando a economia estadual.

 

Dessa forma, emigrei de Brasília aos 19 anos de idade, em conjunto ao meu Ingresso na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em Engenharia de Produção. O meu intuito era começar a vida acadêmica e profissional aproveitando o ápice da reinvenção de Porto Alegre.  Aqui no Sul, tenho acesso a mais indústrias, empresas privadas e, principalmente, aos Hubs de Inovação de nível de qualidade global, em comparação a Brasília e outras cidades.

 

Um exemplo de pioneirismo nesta tendência de inovação, que me impactou diretamente, é a modernização dos cursos de Engenharia na UFRGS, com início na Engenharia de Produção em 2021, com coordenação geral o coordenador do Pacto Alegre e professor titular na UFRGS, Luiz Carlos. É um projeto que busca “revolucionar e avançar a formação em engenharia no Brasil, em linha com as novas diretrizes curriculares nacionais”, se tornando então uma referência para outras universidades e cursos nacionalmente ao alterar a grade curricular, metodologias de ensino e salas de aula em parceria com instituições americanas.

 

Além disso, a fundação do Instituto Caldeira, originado de um projeto do Pacto Alegre, criou o maior Hub de Inovação do Rio Grande do Sul em conjunto com 42 empresas. Esse movimento na cidade, além de trazer vida para um distrito antes esquecido do município, conectou outros diferentes atores da sociedade, como universidades e iniciativa pública, ao ecossistema de inovação. Neste contexto, estou coordenando as ações da Escola de Engenharia da UFRGS na parceria com o Instituto, tendo a finalidade de inserir os alunos dos 13 cursos de engenharia da unidade e oferecê-los a oportunidade de serem protagonistas de uma nova carreira, serem parte da transformação da cidade.

 

Algo que posso também citar sobre a minha vivência na cidade de Porto Alegre, é como as maiores empresas e indústrias também estão se abrindo para a Inovação. Por exemplo, em 2021 trabalhei na Gerdau Aços Especiais, em que iniciativas como feiras de projetos desafios aconteciam para estagiários. Ideias novas, independente da idade e cargo, eram sempre bem-vindas. Na última feira na usina de aços especiais do RS, consegui a 1° colocação na categoria de projetos iniciais. Então é um movimento de abertura que acontece não somente em startups, é algo generalizado.

 

Acredito que a tendência é a cidade continuar o seu processo de transformação e visualizo que mais oportunidades surgirão, principalmente para os estudantes que estão agora no Ensino Superior. Sou grato pelas transformações pessoais que a cidade está me proporcionando neste começo de uma nova trajetória. Todos nós somos responsáveis por transformar a nossa realidade e a da cidade.

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