Projeto Abrigos e Habitação viabiliza acomodação e alimentação para vítimas das enchentes do RS

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Projeto Abrigos e Habitação viabiliza acomodação e alimentação para vítimas das enchentes do RS

Um dos seis projetos do Desafio Extraordinário Porto Alegre Resiliente, o Projeto Abrigos e Habitação é fundamental para atendimento aos desabrigados e projeção para a retomada às residências

O país parou para ver as imagens de inúmeras famílias que perderam suas casas, animais, rebanhos, seus sonhos de uma vida inteira. No momento, são 149 abrigos em Porto Alegre, ocupados por mais de 12.500 pessoas. Em todo o Estado, são mais de dois milhões de pessoas atingidas. Mas o povo gaúcho precisa de mais auxílio, mais segurança e esperança de que tudo poderá voltar a ficar bem. Pensando nisso, o Pacto Alegre criou um projeto, dentro do Desafio Extraordinário Porto Alegre Resiliente, para atuar especificamente na gestão dos abrigos da cidade, na recepção e distribuição de alimentos, roupas, kits de higiene e medicamentos.

Sob a articulação de Cleiton Chiarel, membro do GTO do Pacto Alegre, e articulação adjunta de Liana Rigon, da Procempa e membro do GTO do Pacto Alegre, e Cássio Trindade, da Sucesu-RS, a ação é realizada em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre na organização e atuação na Central de Abrigos de POA. 

“Nós estamos agindo efetivamente nas áreas de gestão da informação, na ativação de voluntários, na recepção e distribuição de alimentos, kits de higiene, medicamentos e segurança. Nosso trabalho é coordenar a atuação das entidades na área de voluntariado e das doações, para direcionar as várias ações e iniciativas públicas e privadas”, explica Chiarel.

Além do trabalho focado na situação emergencial de tantas pessoas, há um esforço para programar o que virá após a água baixar. “Estamos realizando um planejamento do retorno das pessoas às suas residências e a elaboração de um plano imediato de novas residências resilientes, construídas em regiões que tenham as condições mínimas de receber as pessoas e famílias, com segurança e condições dignas”, especifica o coordenador do projeto.

Cleiton Chiarel afirma que há muito trabalho pela frente: “Neste momento, buscamos validações de novos espaços para ofertar aos desabrigados, caso a demanda aumente ou tenhamos que desmobilizar espaços que funcionam hoje”. As atualizações são constantes, mas até o momento o Projeto Abrigos e Habitação conta com o apoio da SOS RS Ajuda, SEDUC, PROCEMPA, Secretaria de Inovação da PMPA, SUCESU, TECNOPUC, Hopeful, Voluntários RS, Abrigos RS, TETO Brasil e SINDHA.

Sobre o Desafio Extraordinário Porto Alegre Resiliente

Foi criado com o intuito de mobilizar as forças da quádrupla hélice, que atuam no contexto do Pacto Alegre. O objetivo é fazer frente, de forma ecossistêmica, aos desafios atuais impostos pela enchente e trabalhar em medidas de prevenção.

“O Desafio Extraordinário Porto Alegre Resiliente abriga iniciativas e projetos, de curto e longo prazo, que objetivam atuar na mitigação dos efeitos das enchentes, decorrentes das mudanças climáticas, e na construção de uma nova visão de futuro da cidade e do Estado”, explica o Superintendente do Tecnopuc e representante da PUC-RS no Pacto Alegre, Jorge Audy.

Além do Projeto Abrigos e Habitação, cinco outros projetos do Pacto Alegre compõem o desafio. Eles englobam a discussão da emergência climática e ambiental que hoje assola o RS; a promoção de uma limpeza solidária, focada em residências e espaços públicos; a Comunicação Resiliente, que visa orientar as mensagens produzidas e trazer uma visão de futuro aos porto-alegrenses após o período crítico das enchentes, bem como combater a desinformação; o Hospital Veterinário de Campanha (HVC), mantido por veterinários e farmacêuticos voluntários, que proporcionam a recuperação de inúmeros animais resgatados das inundações, realizando cirurgias e demais atendimentos necessários; e o Projeto Escuta que Faz Bem, iniciativa de curto prazo para a escuta ativa das vítimas das enchentes, que busca acolher os sentimentos de perda e luto, fortalecendo os recursos emocionais e a resiliência para a construção de novos caminhos de vida.

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