Uma das características mais marcantes do povo africano, a criatividade foi debatida no painel Inteligência criativa e consciência negra, realizado no Innovation Stage na tarde desta quinta-feira, 10, no South Summit Brazil.
O painel foi mediado pela professora Sátira Machado, membro do Pacto Alegre, e teve a participação de Michel Couto, do Formô Hub; da secretária municipal da Cultura, Liliana Cardoso Duarte; e de Felipe Rocha, integrante do Grupo de profissionais negros da Indústria Criativa do Rio Grande do Sul (GPNIC).
Entusiastas de uma crescente presença negra nos movimentos de inovação, eles defenderam que os afrodescendentes tenham uma maior inclusão social.
“Cidade inteligente é aquela que pensa o universo urbano incluindo as periferias”, salienta Michel Couto.
Liliana Cardoso lembrou que os negros não apenas contribuíram com o desenvolvimento do Estado, mas construíram o Rio Grande do Sul, o que é visível na culinária, dança, indumentária e outras manifestações.
“Nós, gaúchos, somos o resultado de várias etnias, e os afrodescendentes fazem parte deste retrato”, afirmou.
O integrante do GPNIC destacou que, nas periferias, há muitos talentos que precisam de apoio para vencer dificuldades e mostrar o seu potencial.
“A prova desta capacidade é o nosso grupo, que começou com cinco integrantes e hoje já tem 250”, comentou Felipe Rocha.
No encerramento, a professora Sátira Machado lembrou o quanto o Rio Grande do Sul foi importante para o reconhecimento do valor do povo africano.
“Foi aqui, em 1971, que o gaúcho Oliveira Silveira, idealizou o Dia Nacional da Consciência Negra que depois se tornou feriado nacional em 2023”, completou.
Fonte: Reprodução Prefeitura Municipal de Porto Alegre
